quinta-feira, 3 de abril de 2014

A Nova Ordem Mundial

As bandeiras, respectivamente, da União Europeia, dos Estados Unidos, da China e do Japão, principais atores da Nova Ordem MundialA Nova Ordem Mundial – ou Nova Ordem Geopolítica Mundial – significa o plano geopolítico internacional das correlações de poder e força entre os Estados Nacionais após o final da Guerra Fria.
Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, e o esfacelamento da União Soviética, em 1991, o mundo se viu diante de uma nova configuração política. A soberania dos Estados Unidos e do capitalismo se estendeu por praticamente todo o mundo e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) se consolidou como o maior e mais poderoso tratado militar internacional. O planeta, que antes se encontrava na denominada “Ordem Bipolar” da Guerra Fria, passou a buscar um novo termo para designar o novo plano político.
A primeira expressão que pode ser designada para definir a Nova Ordem Mundial é a unipolaridade, uma vez que, sob o ponto de vista militar, os EUA se tornaram soberanos diante da impossibilidade de qualquer outro país rivalizar com os norte-americanos nesse quesito.
A segunda expressão utilizada é a multipolaridade, pois, após o término da Guerra Fria, o poderio militar não era mais o critério principal a ser estabelecido para determinar a potencialidade global de um Estado Nacional, mas sim o poderio econômico. Nesse plano, novas frentes emergiram para rivalizar com os EUA, a saber: o Japão e a União Europeia, em um primeiro momento, e a China em um segundo momento, sobretudo a partir do final da década de 2000.
Por fim, temos uma terceira proposta, mais consensual: a unimultipolaridade. Tal expressão é utilizada para designar o duplo caráter da ordem de poder global: “uni” para designar a supremacia militar e política dos EUA e “multi” para designar os múltiplos centros de poder econômico.
Mudanças na hierarquia internacional
Outra mudança acarretada pela emergência da Nova Ordem Mundial foi a necessidade da reclassificação da hierarquia entre os Estados nacionais. Antigamente, costumava-se classificar os países em 1º mundo (países capitalistas desenvolvidos), 2º mundo (países socialistas desenvolvidos) e 3º mundo (países subdesenvolvidos e emergentes). Com o fim do segundo mundo, uma nova divisão foi elaborada.
A partir de então, divide-se o mundo em países do Norte (desenvolvidos) e países do Sul (subdesenvolvidos), estabelecendo uma linha imaginária que não obedece inteiramente à divisão norte-sul cartográfica, conforme podemos observar na figura abaixo.
Mapa com a divisão norte-sul e a área de influência dos principais centros de poder
Mapa com a divisão norte-sul e a área de influência dos principais centros de poder
É possível perceber, no mapa acima, que a divisão entre norte e sul não corresponde à divisão estabelecida usualmente pela Linha do Equador, uma vez que os critérios utilizados para essa divisão são econômicos, e não cartográficos. Percebe-se que alguns países do hemisfério norte (como os Estados do Oriente Médio, a Índia, o México e a China) encontram-se nos países do Sul, enquanto os países do hemisfério sul (como Austrália e Nova Zelândia), por se tratarem de economias mais desenvolvidas, encontram-se nos países do Norte.
No mapa acima também podemos visualizar as áreas de influência política dos principais atores econômicos mundiais. Vale lembrar, porém, que a área de influência dos EUA pode se estender para além da divisão estabelecida, uma vez que sua política externa, muitas vezes, atua nas mais diversas áreas do mundo, com destaque para algumas regiões do Oriente Médio.
A “Guerra ao terror”
Como vimos, após o final da Guerra Fria, os Estados Unidos se viram isolados na supremacia bélica do mundo. Apesar de a Rússia ter herdado a maior parte do arsenal nuclear da União Soviética, o país mergulhou em uma profunda crise ao longo dos anos 1990 e início dos anos 2000, o que não permitiu que o país mantivesse a conservação de seu arsenal, pois isso custa muito dinheiro.
Em face disso, os Estados Unidos precisavam de um novo inimigo para justificar os seus estrondosos investimentos em armamentos e tecnologia bélica. Em 2001, entretanto, um novo inimigo surgiu com os atentados de 11 de Setembro, atribuídos à organização terrorista Al-Qaeda.
A tragédia de 11 de Setembro vitimou centenas de pessoas, mas motivou os EUA a gastarem ainda mais com armas. ¹
A tragédia de 11 de Setembro vitimou centenas de pessoas, mas motivou os EUA a gastarem ainda mais com armas. ¹
Com isso, sob o comando do então presidente George W. Bush, os Estados Unidos iniciaram uma frenética Guerra ao Terror, em que foram gastos centenas de bilhões de dólares. Primeiramente os gastos se direcionaram à invasão do Afeganistão, em 2001, sob a alegação de que o regime Talibã que governava o país daria suporte para a Al-Qaeda. Em segundo, com a perseguição dos líderes dessa organização terrorista, com destaque para Osama Bin Laden, que foi encontrado e morto em maio de 2011, no Paquistão.
O que se pode observar é que não existe, ao menos por enquanto, nenhuma nação que se atreva a estabelecer uma guerra contra o poderio norte-americano. O “inimigo” agora é muito mais difícil de combater, uma vez que armas de destruição em massa não podem ser utilizadas, pois são grupos que atacam e se escondem em meio à população civil de inúmeros países.
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terça-feira, 1 de abril de 2014

O que é Globalização?


O que é Globalização:

Globalização é um conjunto de transformações na ordem política e econômica mundial visíveis desde o final do século XX.  Trata-se de um fenômeno que criou pontos em comum na vertente econômica, social, cultural e política, e que consequentemente tornou o mundo interligado, uma Aldeia Global.

O processo de globalização é a forma como os mercados de diferentes países interagem e aproximam pessoas e mercadorias. A quebra de fronteiras gerou uma expansão capitalista onde foi possível realizar transações financeiras e expandir os negócios - até então restritos ao mercado interno - para mercados distantes e emergentes.

O complexo fenômeno da globalização teve início na Era dos Descobrimentos e se desenvolveu a partir da Revolução Industrial. Foi resultado da consolidação do capitalismo, dos grandes avanços tecnológicos (Revolução Tecnológica) e da necessidade de expansão do fluxo comercial mundial.

As inovações nas áreas das Telecomunicações e da Informática (especialmente com a Internet) foram determinantes para a construção de um mundo globalizado.

O surgimento dos blocos econômicos - países que se juntam para fomentar relações comerciais, por exemplo, Mercosul ou União Europeia - foi resultado desse processo econômico.

O impacto exercido pela globalização no mercado de trabalho, no comércio internacional, na liberdade de movimentação e na qualidade de vida da população varia a intensidade de acordo com o nível de desenvolvimento das nações.

Globalização do crime
O crime também tem passado pelo processo de globalização, assim com a economia. Nos dias de hoje, obstáculos, distâncias e fronteiras não têm a mesma força, por influência da globalização e os avanços tecnológicos que ela trouxe, tornando mais fácil a movimentação de pessoas, de informação e de capitais.

A globalização não existe só na economia mundial, também é possível ver a sua marca em atividades ilegais como a prostituição, pedofilia, tráfico de drogas, armas e animais, aumento de organizações criminosas, "lavagem de dinheiro" e consequente aumento dos "paraísos ficais". O mundo globalizado enfrenta agora uma nova ameaça, já que as facções criminosas não têm barreiras geográficas que atrapalhem os seus objetivos de cometer delitos para o seu próprio bem. Esta é talvez uma das maiores desvantagens da globalização: capacitou os criminosos, que usaram a maior facilidade de trânsito de mercadorias, serviços e pessoas entre os países para cumprirem os seus propósitos ilícitos.

Vantagens e desvantagens da globalização
Como muitos outros fenômenos de elevada complexidade, a globalização apresenta pontos positivos e negativos. A globalização foi importante no combate à inflação e ajudou a economia ao facilitar a entrada de produtos importados. O consumidor teve acesso a produtos importados de melhor qualidade e mais baratos, assim como produtos nacionais mais acessíveis e de melhor qualidade. Outra vantagem é que a globalização atrai investimentos de outros países, traz desenvolvimento tecnológico, melhora o relacionamento com outros países, potencia as trocas comerciais internacionais, e abre as portas para diferentes culturas.

Por outro lado, uma das maiores desvantagens da globalização é a concentração da riqueza. A maior parte do dinheiro fica nos países mais desenvolvidos e apenas 25% dos investimentos internacionais vão para as nações em desenvolvimento, o que faz disparar número de pessoas que vivem em extrema pobreza. com menos de 1 dólar por dia. Alguns economistas afirmam que nas últimas décadas, a globalização e a revolução tecnológica e científica (que são responsáveis pela automação da produção) são as principais causas do aumento do desemprego.


A globalização também pode desvalorizar a cultura nacional de um determinado país, quando países mais ricos se instalam em países mais pobres, explorando a matéria prima e se aproveitando da mão de obra barata.
Enformações retiradas do site: http://www.significados.com.br/

O que é DIT?

DIT é uma sigla que significa Divisão Internacional do Trabalho, que expressa a forma como é feita a distribuição da produção a nível global, entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos.
A DIT é caracterizada pela especialização dos países na produção de alguma coisa, sejam produtos finais ou produtos intermediários, que vão ser utilizados na conclusão de um produto final. Esta necessidade surgiu porque não é possível que um só país consiga produzir sozinho todas as mercadorias que precisa.
A relação entre países mais e menos industrializados é uma parte essencial da DIT, porque os países menos desenvolvidos apresentam benefícios aos mais desenvolvidos, como mão de obra barata,impostos reduzidos, etc.
Evoluindo juntamente com o capitalismo, a DIT é uma estratégia usada para aumentar os lucros, uma vez que ocorre a redução do custo do produto final.
Existem vários autores que apresentam críticas em relação à DIT, afirmando que esta divisão é responsável por criar desigualdades entre países. Os países que estão em ascensão econômica, frequentemente compram tecnologias a preços muito elevados, e os seus produtos finais não atingem preços adequados, o que reprime o seu desenvolvimento, e consequentemente beneficia países economicamente mais fortes.
A divisão internacional do trabalho pode ser separada em três fases. A primeira fase (caracterizada pelo capitalismo comercial) ocorreu nos séculos XV e XVI, onde as colônias providenciavam os minerais, especiarias e mão de obra escrava, e as metrópoles eram responsáveis pela produção e exportação dos produtos desenvolvidos. A segunda fase se verificou nos séculos XVII, XVIII e XIX, e foi marcada pelo capitalismo industrial, onde as colônias (ou países subdesenvolvidos) forneciam a matéria prima e outros produtos agrícolas e minerais, e os países desenvolvidos faziam a industrialização da matéria prima fornecida. Durante a terceira fase, o capitalismo financeiroimpõe que os países subdesenvolvidos forneçam a matéria prima e os produtos industrializados, enquanto os países desenvolvidos se ocupam dos investimentos, desenvolvimento de novas tecnologias e produtos industrializados.
Enformações retiradas do site: http://www.significados.com.br/